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Petróleo engata a 5a semana seguida de perdas com jogo duro da Rússia com a Opep

Publicado 07.02.2020, 15:39
Atualizado 07.02.2020, 16:51
© Reuters.
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Por Barani Krishnan

Investing.com - A Opep está aprendendo que os russos, e não os sauditas, podem ser, na verdade, os que mais têm poder no cartel. Os preços do petróleo iam em direção à quinta semana seguida de quedas após Moscou dizer que precisava de mais tempo para considerar os cortes mais profundos de produção propostos pela Opep para lidar com o colapso na demanda energética causado pela crise do coronavírus.

O Brent, o benchmark de Londres para petróleo bruto, estava em queda de 32 centavos, ou 1%, em US$ 54,61 por barril às 15:30 (horário de Brasília) na sexta-feira, após o ministro de Energia russo Alexander Novak, não dar o consentimento de seu governo às sugestão da Opep de que o grupo e seus aliados, que incluem Moscou, façam um corte adicional de 600 mil barris por dia na oferta.

O WTI, benchmark norte-americano para petróleo bruto negociado em Nova York, estava em queda de 32 centavos, ou 0,6%, em US$ 54,61.

Ao longo da semana, o Brent caiu em 6% e o WTI em 2%. As perdas combinadas ao longo das últimas cinco semanas somaram mais de 21% para os dois benchmarks, o que os coloca em território de bear market.

"Os preços do petróleo não conseguem fugir do impacto do coronavírus", disse Phil Flynn, analista de mercado sênior para energia do Price Futures Group de Chicago.

"Informações conflitantes sobre quão bem o vírus está sendo contido estão levantando preocupações sobre o crescimento econômico", enquanto a Opep tem dificuldade para encontrar uma maneira de proteger o mercado de um colapso, disse Flynn.

Novak disse que a Rússia precisava de mais tempo para decidir se deve participar dos cortes adicionais na produção propostos pela Opep porque, na sua opinião, a produção de petróleo bruto dos Estados Unidos poderia desacelerar enquanto a demanda global se mantém sólida.

A Opep já estava determinada a cortar até 2,1 milhões de barris por dia, ou cerca de 2,1% da demanda global, nesse trimestre mesmo antes da explosão do coronavírus, que matou mais de 630 pessoas e infetou mais 31 mil na China e se espalhou para pelo menos 25 países.

Ainda que a Arábia Saudita lidere a Opep, que hoje tem 13 membros, o peso da Rússia como aliada cresceu imensamente nos últimos anos, após um crescimento na produção de petróleo do país. Ainda que os Estados Unidos seja o maior produtor mundial de petróleo, a estrutura independente dos perfuradores norte-americanos previne que o país participe do cortes da Opep, o que faz com que o cartel fique à mercê da cooperação russa.

Apesar do otimismo de Novak em relação à demanda atual para petróleo, a maioria dos analistas acredita na queda na demanda de petróleo bruto das refinarias e que o consumo de combustível pelas companhias aéreas está caindo em centenas de milhares de barris por dia devido ao impacto da crise do coronavírus, principalmente no maior consumidor do mundo, a China.

Para piorar a situação do sentimento do mercado, o secretário de Energia dos Estados Unidos Dan Brouillette disse que a atual produção recorde do país, de 13 milhões de barris por dia, poderia chegar a algo entre 15 e 16 milhões de bpd nos próximos anos.

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