Investing.com - O petróleo fechou em alta em um dia volátil para a commodity com dados mistos dos EUA mostrando aumento nos estoques de petróleo, mas também sinais de forte demanda por gasolina.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em abril avançou US$ 0,25 para fechar a US$ 60,96 o barril, enquanto o Brent, em Londres, subiu US$ 0,06 e encerrou a sessão a US$ 64,78 o barril.
A volatilidade marcou os negócios neste pregão com a commodity operando em alta até a máxima intraday de US$ 61,31 o barril pela manhã, seguida de um tombo até os US$ 60,12 o barril com os dados dos EUA. Na sequência a cotação se recuperou para fechar com ganhos.
A publicação de um aumento de 5,02 milhões de barris nos estoques dos EUA foi o suficiente para derrubar o otimismo de manhã do mercado, que esperava um acréscimo de cerca de 2,02 milhões de barris.
A recuperação veio com a leitura dos dados de gasolina, que mostraram uma forte redução nos estoques da casa de 6,27 milhões de barris, contra previsões de queda de 1,18 milhão de barris. O dado animou o mercado, pois sinaliza uma demanda aquecida nos EUA, principal mercado de combustíveis do mundo.
Mais cedo, a Opep publicou sua revisão mensal das projeções para o mercado de petróleo e passou a prever uma produção ainda maior nos países fora do cartel.
O grupo acredita que a oferta fora da Opep aumentará em 1,66 milhão de barris/dia em 2018, volume 280 mil barris/dia superior à projeção anterior. O aumento será liderado pelos EUA e quase equivale ao acordo do cartel com grandes exportadores de retirar 1,8 milhão de barris/dia do mercado.
A produção nos campos de shale nos EUA deverá alcançar o recorde histórico de 6,95 milhões de barris/dia em abril, segundo estimativas da agência de energia do país, publicadas hoje.
Um sinal de que a produção dos EUA poderá ofuscar o acordo global liderado pela Opep e a Rússia é o aumento dos estoques globais de petróleo em janeiro, depois de oito meses seguidos de redução.
O Goldman Sachs, contudo, segue otimista com os preços do petróleo com a previsão de que os estoques globais seguirão reduzindo.
"Combinada a nossa expectativa por uma demanda forte de petróleo e um cumprimento do acordo da Opep, nós reiteramos nossa previsão de aumento nos preços do petróleo com os estoques globais caindo abaixo da média de 5 anos no terceiro trimestre de 2018", disse o banco.