Por Alex Lawler e Ahmad Ghaddar e Olesya Astakhova
LONDRES/DUBAI (Reuters) - A Opep+ concordou manter suas metas de produção de petróleo em reunião neste domingo, enquanto os mercados petrolíferos lutam para avaliar o impacto da desaceleração da economia chinesa na demanda e do teto no preço do petróleo russo pelo G7.
A decisão ocorre dois dias depois que os países do Grupo dos Sete (G7) concordaram com o estabelecimento de um teto de preço para o petróleo russo.
A Opep+, que compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, enfureceu os Estados Unidos e outras nações ocidentais em outubro, quando concordou em cortar a produção em 2 milhões de barris por dia, cerca de 2% da demanda mundial, de novembro até o final de 2023.
Washington acusou o grupo e um de seus líderes, a Arábia Saudita, de se aliar à Rússia, apesar da guerra de Moscou na Ucrânia.
A Opep+ argumentou que cortou a produção por causa de uma perspectiva econômica mais fraca. Os preços do petróleo têm recuado desde outubro devido ao crescimento mais lento na China e no mundo e às taxas de juros mais altas, levando a especulações do mercado de que o grupo poderia cortar a produção novamente.
Mas neste domingo o grupo de produtores de petróleo decidiu deixar a política inalterada. Ministros importantes da organização se reunirão em 1º de fevereiro para um comitê de monitoramento, enquanto uma reunião completa está marcada para os dias 3 e 4 de junho.
(Reportagem de Maha el Dahan e Rowena Edwards)