Por Bozorgmehr Sharafedin e Alex Lawler
VIENA (Reuters) - A Opep e seus aliados estão prontos para estender os cortes de oferta de petróleo nesta semana pelo menos até o fim de 2019, depois que o Irã se uniu aos grandes produtores Arábia Saudita, Iraque e Rússia na aprovação de uma política destinada a sustentar o preço do petróleo em meio a uma economia global enfraquecida.
O ministro iraniano do Petróleo, Bijan Zanganeh, disse a repórteres nesta segunda-feira que apoiaria o prolongamento dos cortes na produção em seis a nove meses. O Irã, no passado, se opôs às políticas apresentadas pela arquirrival Arábia Saudita, dizendo que o governo saudita é muito próximo dos Estados Unidos.
"Eu não tenho nenhum problema com um corte de produção... Será uma reunião fácil, já que minha postura é muito clara", disse Zanganeh a repórteres ao chegar a Viena.
Os Estados Unidos não são membros da Opep, nem participam do pacto de fornecimento. Washington exigiu que Riad bombeie mais petróleo para compensar as exportações mais baixas do Irã, depois de aplicar novas sanções a Teerã por causa de seu programa nuclear.
A Opep e seus aliados liderados pela Rússia vêm reduzindo a produção de petróleo desde 2017 para evitar que os preços deslizem em meio à crescente produção dos Estados Unidos, que se tornou o maior produtor mundial neste ano à frente da Rússia e da Arábia Saudita.
Temores sobre a demanda global mais fraca, como resultado de uma disputa comercial entre os EUA e a China, aumentaram os desafios enfrentados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, de 14 países, nos últimos meses.