RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Transpetro, subsidiária integral da Petrobras (SA:PETR4), retomou as operações do terminal portuário da cidade de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador (BA), que foi paralisado após um tanque de armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) pegar fogo na manhã desta quarta-feira.
A companhia frisou que não há risco de desabastecimento de combustíveis na região.
Segundo a Transpetro, o incêndio começou por volta das 9h30 e foi debelado pelo Corpo de Bombeiros e por equipes da empresa, cerca de duas horas depois. A área do entorno das instalações foi liberada logo em seguida, mas as operações do terminal somente puderam ser retomadas às 13h55. Ninguém se feriu.
Informações do site da Transpetro apontam que o Terminal de Madre de Deus (Temadre) é a terceira maior unidade aquaviária operada pela empresa no país em termos de capacidade de armazenamento, com 660 mil metros cúbicos, e a maior do Nordeste.
O terminal escoa a produção da Refinaria de Mataripe (RLAM), que abastece com derivados de petróleo mercados do Norte e Nordeste.
As operações diárias de descarga de navios de petróleo no local correspondiam, em 2014, a 13 por cento da produção nacional.
A Transpetro destacou que uma comissão interna foi criada para investigar as causas do acidente e que autoridades competentes foram comunicadas.
O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) disse em nota que "as primeiras informações dadas pela própria empresa indicam que o incêndio pode ter sido provocado pela direção do vento que jogou a nuvem de gás em direção ao flare (equipamento responsável pela queima de gases antes da emissão para a atmosfera), no momento da abertura da válvula, o que deve ter acarretado a ignição".
O sindicato frisou ainda que reivindicará a participação da entidade na investigação que irá apurar as causas do incêndio.
(Por Marta Nogueira, Jeb Blount e Gustavo Bonato)