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Ouro amplia ganhos após dados de emprego

Publicado 20.08.2015, 09:45
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Investing.com – Os preços do ouro ampliaram os ganhos em uma alta de cinco semanas nesta quinta-feira, após dados terem mostrado que a quantidade de pessoas que solicitaram seguro-desemprego nos EUA subiu inesperadamente na semana passada.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em dezembro, atingiram uma alta da sessão de US$ 1.143,40 por onça-troy, o nível mais forte desde 17 de julho, antes de serem negociados em US$ 1.142,40 nas negociações europeias da manhã, subindo US$ 14,50, ou 1,29%.

Ao mesmo tempo, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com novo pedido de seguro-desemprego subiu na semana passada em 4.000, para uma alta de cinco semanas de 277.000, do total da semana anterior de 273.000. Os analistas esperavam que os novos pedidos de seguro-desemprego caíssem em 1.000 para 272.000 na semana passada.

Na véspera, o ouro subiu US$ 11,00, ou 0,98%, sendo negociado em US$ 1.127,90 após as perspectivas de um aumento da taxa em setembro pelo Banco Central dos EUA (Fed) terem aparentemente diminuído após a divulgação das atas da reunião de julho.

Os legisladores expressam grandes preocupações com a inflação e a fraqueza da economia mundial, o que levou alguns investidores a questionar a probabilidade de um aumento das taxas em setembro.

De acordo com as atas, as autoridades do Fed estavam preocupadas com as "recentes quedas dos preços do petróleo e a possibilidade de repercussões adversas referentes a um crescimento econômico mais lento na China".

As atas pessimistas fizeram com que os investidores diminuíssem as expectativas quanto ao prazo de um aumento de taxa por parte do Banco Central dos EUA (Fed) em dezembro, em vez de setembro.

O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.

O ouro atingiu uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 no dia 24 de julho, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros em setembro, pela primeira vez desde 2006. Mas os preços desde então se recuperaram quase 6% com esperanças para um adiamento da alta das taxas nos EUA.

Uma demora no aumento das taxas de juros pode ser vista como um sentimento de alta para o ouro, por diminuir o custo relativo da compra do metal, que não oferece aos investidores qualquer pagamento semelhante e garantido.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis moedas rivais, caiu 0,25%, para 96,18, após ter apresentado forte queda na quarta-feira, uma vez que as atas pessimistas do Fed da reunião referente do mês de julho diminuíram as expectativas para um aumento das taxas em setembro.

Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro subiu 4,0 centavos, ou 1,75%, e foi negociado a US$ 2,316 por libra durante as negociações da manhã na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).

O cobre caiu para US$ 2,260 na quarta-feira, uma vez que as preocupações crescentes relacionadas com a saúde da economia da China e as fortes quedas nos mercados de ações chineses diminuíram o apetite pelo metal vermelho.

O Shanghai Composite colocou os investidores em outra montanha-russa volátil nesta quinta-feira, caindo até 2,2% após a abertura, antes de reduzir as perdas após a pausa do meio-dia, e recuando novamente no final do pregão, ficando em queda de 3,4%.

As ações chinesas apresentaram forte onda de vendas no início da semana, em meio a preocupações crescentes com a saúde da economia do país asiático e com as preocupações de que Pequim pode permitir que o yuan continue sendo depreciado, alimentando temores com uma guerra cambial que poderia desestabilizar a economia mundial.

Os participantes do mercado também estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo metal industrial caia.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.


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