Investing.com - Os preços do ouro atingem o menor nível desde fevereiro nesta quarta-feira, após o dólar apresentar novas máximas de 14 anos, com os relatórios econômicos dos EUA otimistas confirmando as expectativas de elevação das taxas de juros.
Os contratos futuros do ouro com vencimento em dezembro, na divisão Comex da Bolsa de Valores de Nova Iorque, registraram queda de 2,08%, a US$ 1.185,05 a onça troy, às 13h17, no horário de Brasília, nível inédito desde 10 de fevereiro.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda em relação a uma carteira ponderada de seis das principais moedas do mundo, atingiu 101,81, maior valor desde abril de 2003.
O dólar registrou rali após os dados mostrarem uma recuperação nas vendas de bens duráveis nos EUA em outubro. O relatório sustentou a possibilidade de o Federal Reserve aumentar a taxa de juros no próximo mês.
O ouro é precificado em dólar e torna-se mais caro a detentores de outras moedas quando o dólar ganha força.
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com, as chances de uma alta nos juros na reunião de 13 e 14 de dezembro do Fed são de 100%.
Os preços do metal amarelo já estavam sendo pressionados neste mês, em meio à ideia de que o aumento dos gastos fiscais americanos, sob a administração de Trump, estimulará o crescimento econômico e a inflação, o que, por fim, levaria a uma era de taxas de juros mais elevadas.
O ouro é sensível aos movimentos da taxa de juros dos EUA, o que aumenta o custo de oportunidade de se manter ativos sem rendimentos em carteira, como os metais preciosos, ao mesmo tempo em que impulsiona o dólar, que o precifica.
Quanto aos demais metais preciosos, os contratos futuros da prata com vencimento em dezembro marcaram US$ 16,22 a onça troy, enquanto que os contratos futuros do cobre foram negociados a US$ 2,581 a libra.
Os preços do cobre registraram alta de 17% neste mês até o momento, sustentados pelas expectativas de aumento da demanda na China e de uma elevação nos investimentos em infraestrutura nos EUA, após a eleição de Donald Trump como Presidente.
A China e os EUA são os dois maiores consumidores do metal industrial.