Na volta do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 25, mesmo com o dólar ganhando força ante rivais. Porém, analistas acreditam que esse rali é temporário, tendo em vista que ainda não é certo que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) escolherá pela desaceleração do ritmo de aperto monetário.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,48%, a US$ 1754,0 por onça-troy. Na semana, entretanto, o metal precioso caiu marginalmente a 0,02%.
O economista da Oanda Craig Erlam afirma que pode estar ocorrendo uma realização de lucros com o dólar subindo após o alívio que se seguiu à ata do Fed. "O metal amarelo está sendo negociado aproximadamente no meio do que pode ser uma faixa recém-estabelecida entre US$ 1.730 e US$ 1.780, aguardando o próximo catalisador antes da reunião do Fed de dezembro. Com outro relatório de empregos e inflação ainda por vir, muita coisa pode mudar até a próxima reunião do BC americano", analisa.
Já o Commerzbank destaca que, embora o preço do ouro tenha se recuperado um pouco de seu revés, não é possível vislumbrar mais nenhum potencial de recuperação no curto prazo. "Afinal, o mercado de trabalho dos EUA provavelmente ainda está tão apertado que qualquer fim do ciclo de aumento de juros nos EUA permanece incerto", argumenta o banco alemão.