O contrato mais líquido do ouro nesta terça-feira, 29, fechou em alta, em sessão marcada pela queda momentânea nos juros dos Treasuries e com rumores sobre um arrefecimento na política anticovid-19 na China.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,47%, a US$ 1748,40 por onça-troy.
Mais cedo, os juros dos Treasuries estenderam o recuo de ontem após falas recentes de dirigentes do Federal Reserve (Fed) indicarem que o BC americano não deverá pausar sua postura agressiva tão cedo. A tendência no momento era que investidores se voltassem para o ouro, visto que a commodity compete com os títulos do Tesouro americano na busca de investidores por segurança.
Segundo relatório do Commerzbank, enviado para clientes, a China importou apenas 18,7 toneladas de ouro de Hong Kong em outubro, o que mostra que as importações líquidas caíram 45% em relação a setembro. A queda deve se relacionar com os problemas logísticos relacionados à Covid-19 no país. Durante a madrugada, boatos se espalharam de que o país asiático iniciaria o processo de arrefecer os bloqueios contra a covid-19 em breve.
"Negociantes de ouro na China venderam ouro a preços consideráveis de US$ 23-45 por onça troy no preço do mercado mundial em outubro, o que aponta para uma demanda sólida e oferta insuficiente", destacou. O banco alemão também indicou a possibilidade da Gana usar o metal precioso para pagar importações de derivados de petróleo como outro driver para o valor do ouro nesta sessão.
A TD Securities, em análise para clientes, prevê que o ouro poderá começar a subir para mais de US$ 1.800 por onça troy à medida que "fica claro que o Fed está se aproximando do fim de seu ciclo de aperto".