O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 13, impulsionado pela queda do dólar ante rivais e pelo recuo também dos rendimentos dos Treasuries. Além disso, de acordo com analistas, o metal precioso, considerado um porto seguro, foi beneficiado hoje pelo aumento da inflação na Europa e Estados Unidos.
O ouro para junho encerrou a sessão com valorização de 0,45%, a US$ 1.981,00 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
"A maioria dos ganhos para o metal veio depois que o Reino Unido divulgou números de inflação mais altos do que o esperado e em aceleração", disse Colin Cieszynski, estrategista-chefe de mercado da SIA Wealth Management. O índice de preços ao consumidor (CPI) britânico subiu 7,0% em março de 2022 ante igual mês do ano anterior, acelerando em relação ao ganho anual de 6,2% observado em fevereiro. Nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 1,4% em março ante fevereiro, acima do esperado.
"Todas as perturbações econômicas que causaram o aumento da inflação - guerra, bloqueios, problemas na cadeia de suprimentos - parecem ter um impacto maior do que os aumentos das taxas de juros", completa Cieszynski.
De acordo com Edward Moya, com a alta da inflação se configurando para alguns meses de preços teimosamente altos, investidores apostam no ouro como refúgio. Além disso, segundo ele, a temporada de balanços "provavelmente pode ser a catalisadora que mantém as ações no chão, o que é uma boa notícia para o ouro".
*Com informações da Dow Jones Newswires