O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 12, encerrando a semana com ganho acima de 2%, no maior avanço para o período desde maio. O aumento da inflação nos Estados Unidos, colocado em evidência com a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro, que veio acima do esperado e apresentou a maior aceleração anual desde 1990, impulsionou o metal, que é considerado um refúgio contra a perda do poder de compra.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,29%, a US$ 1.868,5 por onça-troy. Na comparação semanal, houve ganho de 2,85%.
Destacando o maior avanço semanal desde maio, o Commerzbank aponta que o ouro está sendo apoiado pelos números inesperadamente altos da inflação nos EUA, publicados na quarta-feira, que ainda parecem estar tendo efeitos.
As preocupações com a inflação nos EUA seguem pesando, e se traduziram na queda inesperada do índice de sentimento do consumidor, na avaliação da Capital Economics. A leitura preliminar do indicador para novembro foi divulgada hoje pela Universidade de Michigan. Para a consultoria britânica, qualquer recuperação do consumo nos próximos trimestres será relativamente moderada. O índice caiu de 71,7 em outubro para 66,8 na leitura inicial de novembro. Analistas previam que o indicador avançaria a 72,5. Na mesma pesquisa, houve aumento das expectativas inflacionárias para 1 ano, de 4,8% a 4,9%.
Na visão do TD Securities, caso os preços do ouro se solidifiquem na faixa de US$ 1.870 a onça-troy, isso pode catalisar novas aquisições de longo prazo, o que deve cimentar uma tendência mais favorável.