O ouro avançou moderadamente nesta segunda-feira, 13, sem retomar o patamar de US$ 1,8 mil no mercado futuro em Nova York. O recuo nos juros dos Treasuries deu algum suporte ao metal precioso, enquanto investidores aguardam por dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que saem amanhã.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro teve ganhos de 0,13%, a US$ 1.794,40 por onça-troy.
Mais cedo, os retornos dos Treasuries, os títulos públicos da renda fixa americana, operavam com sinais mistos, mas passaram a cair em bloco ao tocaram mínimas no fim da manhã, em meio à maior busca pelos bônus. A queda dos juros dos Treasuries tende a favorecer o ouro, pois os dois ativos concorrem entre si como reserva de segurança do mercado.
A sessão, contudo, foi marcada pela espera de operadores antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de agosto, que deve desacelerar para alta de 0,4% ante julho, segundo mostra a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. "Os participantes do mercado de ouro parecem estar se posicionando em preparação para os números da inflação dos EUA, que serão publicados amanhã", destaca o Commerzbank (DE:CBKG), em relatório a clientes.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34)avalia que problemas na cadeia de produção continuam a pressionar alguns preços, em quadro também de pressões de alta nos salários no mercado de trabalho, o que deve impulsionar a inflação para carros novos, móveis para casa, recreação e produtos e serviços de cuidado pessoal. Por outro lado, o Goldman avalia que a variante delta da covid-19 pode ter puxado para baixo preços de passagens aéreas e diárias de hotel.