O contratos mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 12, em uma sessão na qual o metal foi impulsionado por um recuou nos rendimentos dos Treasuries. O movimento ocorreu seguindo a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março nos Estados Unidos, e que apresentou resultados que levaram a uma interpretação de que o avanço da inflação no país pode estar chegando perto do pico.
O ouro para junho encerrou a sessão com valorização de 1,43%, a US$ 1.976,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, os preços do ouro subiram à medida que os rendimentos dos Treasuries caíram após um relatório de inflação mais frio do que o esperado, e que poderia sinalizar que o pico está em vigor. "Os principais aumentos de preços estão desacelerando e os investidores esperam que isso possa significar que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode não precisar manter uma postura monetária agressiva além do verão."
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki afirmou nesta terça que projeções, inclusive do Fed, mostram que a inflação nos Estados Unidos vai moderar até o final do ano.
Ela destacou, entretanto, que o governo "não vai esperar por isso", e, dessa forma, o presidente Joe Biden deve tomar medidas para diminuir os preços, como da gasolina. Segundo Moya, para o ouro subir acima do nível de US$ 2.000, os juros dos Treasuries precisam estender seu recuo, com o rendimento de 10 anos caindo abaixo do nível de 2,55%. "O Fed tem uma boa chance de conter a inflação e isso deve ajudar a estabilizar os rendimentos dos títulos, o que é uma boa notícia para quem aposta na alta do ouro", avalia.