O contrato futuro do ouro fechou em baixa, ante cautela sobre sinais de demanda na China. Além disso, investidores estão de olho no cenário econômico dos Estados Unidos, frente a expectativas de novos aumentos nas taxas de juros para controlar a inflação, o que prejudica negociações da commodity.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega marcada para abril encerrou a sessão com recuo de 0,64%, a US$ 1.878,50 a onça-troy.
Segundo análise da TD Securities, as liquidações do ouro em Xangai levaram a divisa da commodity a níveis abaixo da média em comparação ao ano passado, sugerindo que o ritmo de venda pode diminuir e apresentar cautela nas negociações durante as próximas semanas. Em relatório a clientes, a Sucden Financial observou que a recuperação chinesa está se desenvolvendo mais lentamente do que os mercados originalmente anteciparam.
Durante a sessão, investidores de ouro também acompanharam a divulgação do relatório de pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos, que ainda sugerem um mercado de trabalho robusto. Para o analista da Oanda, Edward Moya, o mercado teme que essa força atrapalhe o processo de desinflação da economia americana, levando a maiores aumentos nas taxas de juros. "Se o mercado precificar isso, o ouro pode permanecer sobre pressão por mais tempo", avalia Moya. "Eventualmente um crescimento mais lento e crescentes riscos para ganhos devem gerar fluxos seguros para negociações do ouro, mas ainda não chegamos lá".
As saídas de ouro de fundos negociados em bolsa continuaram em janeiro apesar dos preços terem subido durante o mês, segundo reportagem do Wall Street Journal. Dados do World Gold Council mostraram que os ETFs de ouro com suporte físico registraram saídas líquidas de US$ 1,6 bilhão em janeiro e um declínio de 26 toneladas métricas no total de participações, para 3.446 toneladas. A maior parte das saídas vieram da Europa e da Ásia, enquanto a América do Norte viu ETFs voltarem para o metal amarelo, depois que o ouro teve seu desempenho de preço mais forte em janeiro em uma década, disse o WGC.
*Com informações da Dow Jones Newswires