O metal mais líquido do ouro fechou em queda nesta terça-feira, 12, tendo sido negociados nos níveis mais baixos desde setembro do ano passado durante a sessão. Investidores monitoram movimentos no mercado cambial e aguardam o resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a ser divulgado amanhã.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto fechou em queda de 0,40%, a US$ 1.724,80 a onça-troy.
Analista da Oanda, Edward Moya afirma que o preço do ouro está "lutando por sua vida" à medida que o rali do dólar continua. Mais cedo, o euro chegou a atingir paridade com a moeda americana pela primeira vez em 20 anos. "O ouro eventualmente verá algum fluxo de entrada como porto seguro, mas isso não acontecerá até que um limite firme de alta do dólar se estabeleça", diz Moya. A marca dos US$ 1.700 por onça-troy deve ser testada com um resultado "quente" da inflação amanhã, observa.
O TD Securities concorda que a "cascata de vendas" de commodities pode se aprofundar, alimentada por uma leitura forte da inflação nos EUA. Para o banco de investimento, os próximos dados podem ser "particularmente preocupantes" para os preços do ouro, uma vez que determinadas posições acumuladas durante a pandemia tornam o metal precioso mais vulnerável a um Federal Reserve (Fed) mais hawkish e deixa seu preço mais suscetível a maiores perdas.