O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta segunda-feira, 11, pressionado pelo fortalecimento do dólar no exterior. As perdas, no entanto, foram limitadas por uma maior demanda por ativos de segurança, diante do quadro global de cautela nos mercados.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto fechou em queda de 0,60%, a US$ 1.731,70 a onça-troy.
Os preços do metal precioso diminuíram à medida que o nervosismo quanto ao risco de recessão nos Estados Unidos continua a fortalecer ainda mais o dólar, afirma o analista da Oanda Edward Moya. Ao mesmo tempo, a preocupação com a inflação mantém algum apoio ao ouro. "O ouro ainda está vulnerável aqui e pode ver a pressão de venda testar o nível de US$ 1.700 por onça-troy, com a área de US$ 1.670 provendo um grande apoio", diz. Moya ressalta que o ambiente é difícil para avanço do ouro, com fortalecimento do dólar e mercados avaliando se o Federal Reserve (Fed) irá enviar a economia americana para uma recessão.
A Capital Economics espera que os preços do metal precioso caiam ainda mais. Apesar do recente recuo, na avaliação da consultoria, o preço do ouro ainda está "bem mais alto" do que normalmente estaria tendo em vista sua forte relação inversa com os juros de longo prazo dos TIPS, os títulos atrelados à inflação. A previsão da Capital Economics é que o retorno do TIPS de 10 anos volte a subir no restante do ano e que o ouro termine 2022 a US$ 1.650 por orça-troy.