O contrato futuro mais líquido de ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 15, impulsionado pelo enfraquecimento do dólar e a queda dos juros dos Treasuries, além das perspectivas para contínua postura acomodatícia da política monetária, apesar de dados macroeconômicos robustos nos Estados Unidos.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para maio encerrou a sessão com ganho de 1,76%, a US$ 1.766,80 a onça-troy.
"Por ser a commodity mais sensível a taxas de juros e ao dólar, a direção (do ouro) tem sido ditada por um tempo agora pelo fluxo e refluxo dos movimentos dos rendimentos dos Treasuries e do dólar", explica o estrategista Ole Hansen, do Saxo Bank.
A moeda americana ficou sob pressão após dados sólidos referentes à economia dos EUA. Entre eles, os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram ao menor nível em mais de um ano na semana passada, enquanto as vendas no varejo saltaram 9,8% de fevereiro a março.
Apesar da retomada forte, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não dá sinais de que pretende apertar a política monetária no curto prazo.
Na quarta, o presidente da instituição, Jerome Powell, disse que o aumento de juros só virá quando a inflação estiver "moderadamente" acima de 2% "por algum tempo" e a recuperação do mercado de trabalho for "substancial". Powell, contudo, considera "altamente improvável" que esses resultados sejam alcançados antes de 2022.
*Com informações da Dow Jones Newswires