O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 20, estendendo os ganhos de ontem. O metal amarelo foi favorecido pela queda dos rendimentos dos Treasuries, mas o avanço foi contido pela valorização do dólar ante rivais. O mercado hoje esteve, no geral, mais avesso ao risco, enquanto ainda pesam as preocupações com a economia mundial, diante da guerra na Ucrânia e aperto monetário.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão em alta de 0,05%, a US$ 1.842,10 a onça-troy, com alta semanal de 1,87%.
Para o TD Securities, os operadores de ouro questionam a disposição do Federal Reserve (Fed) de subir os juros nos EUA mesmo com risco da economia entrar em recessão. "O número de traders comprando o metal amarelo permanece elevado", destaca, em relatório enviado a clientes. O presidente da distrital do BC americano em St. Louis, James Bullard, afirmou hoje que considera adequado o ritmo atual de aumento de juros em 50 pontos-base por reunião. Ele também comentou que não prevê uma recessão no horizonte econômico dos Estados Unidos este ano ou no próximo, apesar dos riscos decorrentes do aperto monetário.
A Capital Economics ressalta que os preços dos metais preciosos subiram esta semana, no geral, com os investidores se tornando mais avessos ao risco, diante de temores com a economia global. Neste cenário, a Fitch Solutions diz esperar uma volatilidade significativa para os preços do ouro daqui para frente, mas acredita que eles devem permanecer elevados nos próximos anos devido à incerteza em torno da invasão da Ucrânia.