O ouro fechou em leve alta nesta terça-feira, 19, favorecido pela desvalorização do dólar americano. Em meio ao período de silêncio do Federal Reserve (Fed), analistas destacam que o metal precioso pode estar sendo beneficiado pelo aumento da expectativa de uma alta de 75 pontos-base na próxima quarta-feira, e não mais de 100 pontos-base. No entanto, segundo economistas, esse movimento do ouro pode perder fôlego em breve.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,03%, a US$ 1.710,7 por onça-troy.
O TD Securities destaca que os preços do ouro estão sendo apoiados pela reavaliação dos mercados para as chances de um aumento de 100 pontos-base depois que dirigentes do BC americano recuaram dessa narrativa. "O metal precioso precisa ser negociado acima de US$ 1.700 até a reunião do Fed em 26 e 27 de julho, para qualquer recuperação em uma zona de alta de curto prazo", disse Chintan Karnani, diretor de pesquisa da Insignia Consultants. Se o ouro não conseguir manter esse nível de US$ 1.700 antes da reunião do Fed, os preços podem cair para testar a zona de US$ 1.650 a US$ 1.660, disse ele.
Para o Commerzbank, o ouro não tem feito jus à sua reputação de hedge de inflação e porto seguro em tempos de crise nos últimos tempos. "Embora as taxas de inflação nos EUA e na Europa sejam mais altas do que há décadas, e tenham aumentado ainda mais recentemente, o preço do ouro está sob pressão de venda há semanas. Investidores cada vez mais desapontados estão jogando a toalha e descartando seus investimentos em ouro", argumenta.