O ouro fechou em leve queda nesta quarta-feira, 22, pressionado pelo dólar mais forte no exterior e com investidores aguardando divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre a última reunião monetária, quando o banco elevou os juros básicos para a faixa de 4,50% a 4,75%.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril registrou recuo de 0,05%, a US$ 1.841,50 a onça-troy.
Uma ata apontando direcionamento hawkish do Fed pode elevar expectativas por aumentos nas taxas de juros, trazendo problemas para o ouro, avalia o analista da Oanda Edward Moya. "Uma ata muito restritivas do Fed pode acontecer, mas a grande questão é se levarão o ouro de volta abaixo do nível mínimo da semana passada, de US$ 1827 a onça-troy", observa Moya.
Para economistas do Commonwealth Bank of Australia (CBA), o dólar forte também deve continuar limitando as negociações do metal precioso, subindo à medida que a economia dos Estados Unidos permanecer demonstrando força. "Achamos que os preços do ouro podem cair mais no curto prazo, possivelmente caindo abaixo de US$ 1.800 a onça-troy se os dados econômicos dos EUA continuarem a surpreender positivamente", analisam.
Já o CEO e diretor de Investimentos da U.S. Global Investors, Frank Holmes, acredita que o ouro está se aproximando do "mais forte sinal de compra nos últimos quatro meses", por ter alcançado maior nível de "sobrevenda" na semana passada.
No noticiário desta quarta, a Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos(SEC, equivalente à CVM no Brasil) anunciou que resolveu acusações contra a African Gold Acquisition por violações de controles internos, relatórios e manutenção de registros que permitiram que seu ex-diretor financeiro se apropriasse indevidamente de cerca de US$ 1,2 milhão da conta bancária da empresa.