O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 21, pressionado pelo fortalecimento do dólar no exterior e alta dos rendimentos dos Treasuries, às vésperas da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). Nas últimas semanas, cresceu a perspectiva de que o BC americano terá que deixar as taxas de juros em um patamar alto por mais tempo do que o esperado anteriormente, o que prejudica os preços do metal precioso.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril registrou recuo de 0,42%, a US$ 1.842,50 a onça-troy.
"Os preços do ouro estão enfraquecendo enquanto os investidores aguardam a ata do Fed, que pode confirmar que o banco tem mais trabalho a fazer. Já o dólar está subindo, à medida que mais investidores começam a precificar mais apertos de 75 pontos-base", avalia o analista da Oanda Edward Moya.
Moya acrescenta que, se a liquidação do mercado de Treasuries ficar mais "feia", o ouro pode suavizar mais, mas provavelmente não cairá tanto quanto as ações. Para o Commerzbank, no curto prazo, é provável que o preço do ouro permaneça sob pressão devido à continuidade da atividade econômica robusta dos EUA e à queda lenta da inflação, ambos sustentando as expectativas de aumento das taxas de juros nos EUA. "Assim que o fim dos aumentos das taxas de juros nos EUA se tornar aparente, a atratividade do metal precioso deve aumentar lentamente novamente", projeta.
Dessa forma, o banco alemão ressalta que baixou as projeções para o primeiro semestre de US$ 1.850 para US$ 1.800 por onça - troy. "No entanto, continuamos otimistas para o segundo semestre e esperamos um aumento gradual para US$ 1.950 por onça-troy", completa.