O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta quinta-feira, 9. O metal foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante rivais, diante da sinalização de altas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em queda de 0,20%, a US$ 1.852,80 por onça-troy.
O BCE decidiu manter a taxa de juros basícos atual, mas esclareceu que pretende elevá-la nas reuniões de julho e setembro. Ainda que não contenha surpresas no anúncio, o analista da Oanda Edward Moya avalia que um dólar forte continua a pesar sobre o ouro, à medida que os operadores monitoram a ameaça de alta inflação persistente globalmente e desaceleração do crescimento, apesar de um recuo nas política monetária acomodatícia.
Passada a decisão do BCE, o mercado deve voltar a atenção para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano, a ser divulgado amanhã, e buscar pistas sobre os planos do Federal Reserve (Fed) para a reunião de setembro, diz o TD Securities. Os preços mais altos de energia e seu impacto sobre a inflação, assim como os movimentos por bancos centrais ao redor do mundo, devem continuar sendo monitorados por operadores do metal precioso.
O Commerzbank destaca que, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Conselho Mundial de Ouro (WGC, na sigla em inglês) em quase 60 bancos centrais, cerca de um quarto deles planeja elevar suas reservas de ouro nos próximos doze meses. Além disso, a maioria dos entrevistados espera que a proporção de ouro nas reservas monetárias aumente já nos próximos dias.
*Com informações da Dow Jones Newswires.