Investing.com - Os futuros de ouro foram negociados perto do nível mais alto desde novembro no pregão europeu desta segunda-feira, em meio a dúvidas relacionadas com a especulação de que a desaceleração do crescimento nos EUA fará com que o Banco Central dos EUA (Fed) adie os aumentos futuros das taxas de juros.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro, com vencimento em fevereiro, subiu US$ 4,60, ou 0,41%, e foi negociado a US$ 1.121,00 por onça-troy, às 08h50min. GMT, ou 03h50min. ET. O ouro operou em uma alta de três meses de US$ 1,128.00 na semana passada.
Na sexta-feira, o Departamento do Comércio informou que a economia norte-americana cresceu em uma taxa anual de 0,7% no quarto trimestre, não correspondendo às expectativas para um crescimento de 0,8%, e ficando abaixo dos 2,0% no trimestre anterior.
Os investidores estão aguardando o relatório do ISM sobre a atividade industrial dos EUA que será divulgado no final do dia para avaliar se a maior economia do mundo é forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas neste ano. Os dados sobre gastos do consumidor também devem ser divulgados hoje.
Os participantes do mercado estão prevendo somente mais um aumento de taxas neste ano, provavelmente em julho, em comparação com os quatro de acordo com a orientação dos legisladores do Fed. Um caminho gradual para o aumento das taxas é visto como uma ameaça menor para os preços do ouro do que uma série rápida de aumentos.
Os preços do metal precioso encerraram janeiro com um ganho de 5,4%, o maior aumento mensal em um ano, uma vez que os investidores buscaram refúgio da turbulência dos mercados acionários globais.
O ouro é muitas vezes visto como uma moeda alternativa em tempos de incerteza econômica global e um refúgio do risco financeiro.
Também na Comex, o cobre foi negociado em uma baixa de uma semana no pregão de Londres nesta manhã, uma vez que a divulgação de dados fracos sobre a atividade industrial da China evidenciou as preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
O índice oficial de gerentes de compra para o setor industrial da China atingiu uma baixa de três anos de 49,4 em janeiro, de 49,7 no mês anterior, não correspondendo às expectativas para 49,6. Enquanto isso, o índice Caixin de gerentes de compras do setor industrial ficou em 48,4 no mês passado, contraindo pelo 11º o mês consecutivo.
Os dados pessimistas evidenciaram as preocupações de que a segunda maior economia mundial ainda pode estar perdendo força apesar de uma série de medidas de estímulo nos últimos meses.
O metal vermelho perdeu 3% até agora em janeiro, uma vez que os investidores reduziram as participações do cobre em meio a preocupações persistentes sobre uma desaceleração econômica na China. A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.