Investing.com - Os preços do ouro foram negociados em queda no pregão norte-americano desta segunda-feira, operando em uma baixa de duas semanas em meio a indicações de que o Banco Central dos EUA (Fed) poderia aumentar as taxas de juros no próximo mês.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro atingiu uma baixa da sessão de US$ 1.335,40 por onça-troy, um nível não visto desde 9 de agosto.
O prelo ficou em US$ 1.340,45 às 10h32 ET (14h32 GMT), uma queda de US$ 5,65, ou 0,42%, após ter caído US$ 11,00, ou 0,81%, na sexta-feira.
As chances para um aumento das taxas no curto prazo aumentaram após o vice-presidente do Stanley Fischer ter dito no domingo que a economia dos EUA estava perto de bater metas do banco central de emprego e inflação em 2%.
O discurso de Fischer foi apenas o último da retórica conservadora das principais autoridades do Fed. Na semana passada, os presidentes do Fed de San Francisco, John Williams, o do Fed de Nova York, William Dudley, e o de Atlanta, Dennis Lockhart, disseram que um aumento das taxas em setembro pode ser considerado.
De acordo com o Monitor da Taxa de Juros da Reserva Federal, os investidores estão apostando em uma chance de 15% de um aumento das taxas em setembro, acima os 6% no início da semana passada. As apostas para dezembro estavam em torno de 52%, em comparação com 46% na sexta-feira.
O metal precioso é sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, o que aumenta o custo de oportunidade de detenção de ativos de baixo rendimento como metais preciosos, ao passo que estimula o dólar, moeda em que é cotado.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu para 94,60 no início do dia, saindo da baixa de oito semanas de 94,05 da semana passada, uma vez que os investidores começaram a apostar em uma maior probabilidade de aumento das taxas do Fed neste ano.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Nesta semana, os participantes do mercado estarão prestando atenção a um discurso muito esperado da presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen, na reunião com os banqueiros e economistas mais importantes em Jackson Hole, Wyoming, para novas pistas sobre o cronograma para o próximo aumento das taxas de juros nos EUA.
Além disso, os investidores vão continuar se concentrando nos relatórios econômicos para medir se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir a um aumento das taxas nos próximos meses, com dados na sexta-feira sobre a revisão dos dados de crescimento do segundo trimestre em foco.