LONDRES (Reuters) - Os países membros da Organização Marítima Internacional (OMI) adotaram nesta sexta-feira uma estratégia revisada para gases do efeito estufa no transporte marítimo que estabelece uma meta de zerar as emissões líquidas "até ou por volta de 2050", o que foi visto por grupos ambientalistas como aquém do que é necessário.
Após dias de discussão em Londres na sede da agência marítima da Organização das Nações Unidas (ONU), os países concordaram em zerar as emissões líquidas "por volta de 2050, levando em consideração as diferentes circunstâncias nacionais".
Os países também concordaram com "pontos de verificação indicativos" para reduzir as emissões anuais totais dos gases no transporte marítimo internacional em pelo menos 20%, buscando 30% até 2030, em comparação com 2008, e reduzir as emissões anuais totais em pelo menos 70%, esforçando-se para 80% até 2040, em comparação com 2008.
"O nível de ambição acordado está muito aquém do necessário para garantir a manutenção do aquecimento global abaixo de 1,5°C", disse John Maggs, presidente da Coalizão Ambiental de Transporte Limpo.
Os países concordaram no Acordo de Paris, em 2015, em tentar manter os aumentos médios de temperatura de longo prazo dentro de 1,5ºC, o que também requer que o transporte marítimo auxilie na descarbonização.
A navegação, que transporta cerca de 90% do comércio mundial e é responsável por quase 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono, tem enfrentado apelos de ambientalistas e investidores para adotar ações mais concretas, incluindo uma taxa de carbono.
(Por Jonathan Saul)