Brasília, 23 mai (EFE).- A Petrobras informou nesta quinta-feira a conclusão, com sucesso, da captação recorde de US$ 11 bilhões em títulos nos mercados internacionais, onde a demanda foi quase quatro vezes maior.
Segundo um comunicado da empresa, a operação foi realizada em apenas um dia, tendo a demanda superado US$ 42 bilhões, resultado de mais de 2 mil ordens de investidores, sendo a maior parte deles dedicados ao mercado de renda fixa de empresas com grau de investimento.
De acordo com o comunicado, além dessa ser a maior emissão de dívida feita em dólares por empresas de países emergentes, a operação foi a quinta maior de dívida corporativa no mundo todo, assim como a segunda deste ano.
A operação foi constituída pela emissão de títulos com vencimento em 2016, 2019, 2023 e 2043 com taxas fixas e com vencimentos em 2016 e 2019 com taxas flutuantes também.
"O custo média da emissão foi de 3,79% anual e o prazo médio de 10,37 anos", informou a companhia ao esclarecer que pagará os menores juros que ofereceu até agora por papéis similares.
Segundo a companhia, os investidores americanos ficaram com 73% da emissão, os europeus com 17% e os asiáticos com 7%.
"O êxito da operação mostra a confiança dos investidores nos fundamentos da companhia, em sua estratégia de crescimento e no compromisso da empresa de manter seu grau de investimento", assinala o comunicado, segundo o qual os recursos servirão para financiar os investimentos previstos pela empresa.
O valor captado corresponde a pouco mais da metade do que a companhia necessita para financiar seus investimentos em 2013 (US$ 92 bilhões).
O Plano de Negócios da Petrobras para o quinquênio 2013-2017 prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões e propõe a meta de elevar a produção nacional de petróleo desde os dois milhões de barris diários de 2012 até 4,2 milhões em 2020.
O aumento da produção de petróleo previsto pela Petrobras será possível por conta do início das operação em plataformas marinhas que a empresa constrói atualmente para explorar as concessões no pré-sal, enormes reservas que a companhia descobriu em águas muito profundas do Atlântico e que podem transformar o Brasil em grande exportador de petróleo. EFE