(Atualiza com comunicados da Marinha e da ANP).
Rio de Janeiro, 11 fev (EFE).- Uma explosão ocorrida nesta quarta-feira em um navio plataforma da Petrobras no litoral norte do Espírito Santo causou pelo menos três mortes e deixou dez feridos e seis desaparecidos, informou a companhia.
O acidente ocorreu no navio FPSO Cidade de São Mateus, que estava ancorado a cerca de 120 quilômetros do litoral capixaba e tinha 74 trabalhadores a bordo, segundo um comunicado da empresa.
Os feridos foram levados a hospitais de Vitória e a outras cidades próximas, disseram à Agência Efe fontes do governo estadual. A secretaria de Saúde informou que foram internadas duas vítimas de queimaduras graves e oito feridos que sofreram traumatismos.
A maioria dos trabalhadores, que não sofreu ferimentos, foi retirada da embarcação e levada para o continente por outros navios, de acordo com informações do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES).
A Petrobras informou que o acidente foi "controlado" com a aplicação de seu plano de emergência de forma imediata depois da explosão ocorrida às 12h50.
As operações da plataforma, que produz 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural diários, foram interrompidas por causa do acidente.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o acidente não causou derramamentos ou vazamentos de hidrocarbonetos, "o fogo está controlado e a plataforma estabilizada". Além disso, duas equipes do organismo se deslocaram ao local para iniciar as investigações do acidente.
A ANP detalhou no comunicado que a Petrobras informou que 31 pessoas permaneciam a bordo do navio-plataforma, das quais seis seguiam desaparecidas.
O navio plataforma FPSO Cidade de São Mateus é de propriedade da empresa norueguesa BW Offshore e que presta serviços para a Petrobras desde 2009 nos campos marítimos de Camarupim e Camarupim Norte, no litoral do Espírito Santo.
O navio passou em setembro de 2014 pela fiscalização da Marinha e da ANP, especificou o órgão regulador.
Por meio da Capitania de Portos do Espírito Santo, a Marinha anunciou que um navio e duas aeronaves se deslocaram ao local "com a prioridade inicial de realizar a evacuação do pessoal e transportar as vítimas para os hospitais da região metropolitana de Vitória".
A Capitania também abriu uma investigação para "esclarecer as causas e responsabilidades pelo ocorrido na plataforma", com um prazo para a conclusão de 90 dias.
A concessão de Camarupim está operada sozinha pela Petrobras e a de Camarupim Norte é compartilhada entre a estatal, com 65% do negócio, e a empresa Ouro Preto Energia, que possui os 35% restantes.