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Petrobras eleva em 5% preço do GLP industrial e comercial, 5ª alta desde março

Publicado 19.09.2018, 17:51
© Reuters. Tanques de gás natural na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) elevará em 5 por cento o preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), para uso industrial e comercial, embalado em botijões de acima de 13 kg, a partir de 20 de setembro, segundo informações publicadas no site da petroleira nesta quarta-feira.

Desde março, este é o quinto aumento seguido do preço do GLP industrial e comercial feito pela Petrobras, acompanhando uma escalada dos preços internacionais do petróleo, que se acentuou a partir daquele mês.

Neste ano, o reajuste aplicado a partir de quinta-feira só perde para uma alta de 7,1 por cento realizada em 8 de maio. Em julho a estatal havia subido 4,4 por cento; em 16 de maio, outros 3,6 por cento; e em 27 de março, 4,7 por cento.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirmou em nota que, com o aumento, o ágio praticado pela Petrobras está em cerca de 15 por cento em relação ao preço no mercado internacional.

Além disso, o sindicato afirmou que o preço do granel na Petrobras está 65,38 por cento acima do valor do botijão de até 13 kg, para uso residencial, o chamado gás de cozinha.

"Na avaliação do Sindigás, esse ágio vem pressionando ainda mais os custos de negócios que têm o GLP entre seus principais insumos, impactando de forma crucial empresas que operam com uso intensivo de GLP", afirmou o Sindigás.

A Petrobras afirma que a política de preços para o GLP de uso industrial e comercial vendido nas refinarias às distribuidoras tem como base a cotação de paridade de importação, formado por valores internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas, por exemplo.

GÁS NATURAL CANALIZADO

O anúncio do aumento do preço do GLP industrial e comercial vem após a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) ter anunciado nesta quarta-feira que o consumo de gás natural pela indústria no Brasil atingiu o maior volume em mais de três anos em julho.

No total, o consumo de gás em julho somou 73,4 milhões de metros cúbicos/dia, alta de 6,4 por cento ante o mesmo período de 2017.

© Reuters. Tanques de gás natural na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil

O volume consumido em julho pela indústria --setor responsável pela maior demanda de gás do Brasil-- foi o maior registrado pela Abegás desde junho de 2015, somando 29,3 milhões de metros cúbicos/dia, alta de 6,29 por cento ante o mesmo mês do ano passado.

(Por Marta Nogueira)

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