RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) elevará em 8,5 por cento o preço médio do botijão de gás de cozinha de 13 kg, para 25,07 reais, a partir de terça-feira, informou a companhia em comunicado.
O preço às distribuidoras estava congelado desde julho. Segundo a estatal, o aumento ocorre principalmente devido a desvalorização do real frente ao dólar e a elevações nas cotações internacionais do GLP.
Com isso, a empresa explicou que o botijão acumulará alta de 0,69 real, ou 2,8 por cento desde janeiro, quando passou a ter reajustes trimestrais.
A referência para os preços, segundo a Petrobras, continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5 por cento.
Em sua metodologia para o gás de cozinha, a Petrobras busca suavizar possíveis impactos de volatilidade externa em seus preços. Embora tenha citado uma alta do dólar, a moeda norte-americana está sendo negociada abaixo das máximas históricas atingidas em setembro, com os desdobramentos eleitorais aliviando preocupações do mercado.
Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirmou nesta segunda-feira que o ajuste anunciado deixará o preço praticado pela Petrobras, para as embalagens de até 13 quilos, aproximadamente 29 por cento abaixo do preço de paridade internacional.
O valor do GLP empresarial, embalado em botijões de mais de 13 kg, está 52,4 por cento acima do preço do GLP para gás de cozinha.
(Por Marta Nogueira)