Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) reduzirá o preço médio da gasolina em suas refinarias em 1,2 por cento, para 2,1889 reais por litro, a partir de terça-feira, após manter o valor do produto estável por 11 dias, de acordo com informação do site da estatal.
A redução do valor médio nas refinarias ocorre após pesquisa da reguladora ANP apontar um preço médio recorde nominal nos postos do Brasil na semana passada, de 4,7 reais por litro, o que representou uma alta de 0,09 por cento ante a semana anterior.
A atual política de preços da companhia busca manter a paridade de preço internacional em busca de rentabilidade.
Entretanto, para reduzir a volatilidade no mercado interno de gasolina, adotou recentemente um instrumento de hedge que permite segurar possíveis reajustes por até 15 dias, sem incorrer em perdas.
A opção de adotar mecanismo de hedge, calcada em contratos futuros do combustível nos EUA, completou um mês no sábado e permitiu um recuo importante da volatilidade nos preços das refinarias.
De 6 de setembro, quando a opção pelo hedge foi anunciada, até sexta-feira, a volatilidade das cotações do combustível nas refinarias foi de 1,8 por cento, com apenas quatro reajustes realizados.
A título de comparação, no mês imediatamente anterior, a oscilação de preço em relação a um ponto médio beirou 10 por cento em meio a 16 alterações nos valores do derivado de petróleo. Considerando-se todo o período anterior à aplicação do mecanismo, a volatilidade foi superior a 20 por cento desde julho do ano passado, conforme cálculos da Reuters a partir de dados informados pela Petrobras.
DIESEL
No caso do diesel, a Petrobras mantém os preços congelados em 2,3606 reais por litro, devido a adesão ao programa de subvenção ao combustível, lançado em junho, pelo governo federal. Por meio dele, a as empresas praticam preços estipulados pelo governo, podendo ser ressarcidas em até 0,30 real por litro, dependendo do mercado.
(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de José Roberto Gomes; edição de Roberto Samora)