ABUJA, Nigéria (Reuters) - A petroleira estatal nigeriana pediu nesta sexta-feira a motoristas para que não comprem combustíveis por pânico, um dia após um sindicato de trabalhadores do setor de petróleo começar uma greve que elevou temores sobre escassez futura nos combustíveis.
A escassez na gasolina mais cedo neste ano provocou grandes filas para motoristas que procuravam encher seus tanques, após importadores de combustíveis empenharem-se para ter os dólares necessários para pagar pelos produtos de petróleo refinado devido às restrições cambiais impostas pelo banco central.
A Petroleum and Natural Gas Senior Staff Association of Nigeria (Pengassan) disse nesta quinta-feira que 10 mil de seus membros, que incluem trabalhadores de refinarias e equipe administrativa, deram início a um movimento grevista por questões "críticas à sobrevivência" do setor energético do país.
Não havia sinal de compras desencadeadas por pânico até o momento, mas a Corporação Nacional de Petróleo Nigeriano (NNPC, na sigla em inglês) alertou ao público sobre qualquer forma de pânico nas compras.
"A corporação tem em estoque produto suficiente para satisfazer requisitos do consumo local para os próximos 45 dias", disse o porta-voz da NNPC, Garba Deen Muhammad.
Muhammad também disse que a petroleira estatal havia iniciado conversas com líderes sindicais para responder às preocupações.
(Reportagem de Camillus Eboh)