Investing.com - Os investidores aumentaram a pressão de venda sobre o petróleo no início da tarde desta quarta-feira (28), depois que os estoques da commodity nos EUA subiram mais que o esperado na semana passada.
Os dados do EIA mostraram que os estoques de petróleo aumentaram em 3,58 milhões de barris na semana encerrada em 23 de novembro.
As previsões do mercado eram de um crescimento da ordem de 0,77 milhão de barris, enquanto na semana anterior a alta foi de 4,85 milhões de barris.
O relatório da EIA também mostrou que os estoques de gasolina caíram 0,76 milhão de barris, surpreendendo o mercado que apostava em uma alta de 0,64 milhão de barris. Já os estoques de destilados registraram crescimento de 2,61 milhões de barris, contrariando projeção de queda de 0,86 milhão.
Os preços do petróleo WTI aceleraram a queda e passam a recuar 1,4%, para US$ 50,69 por barril, contra US$ 51,09 o barril antes da publicação dos números. Na mínima do dia, a commodtiy tocou nos US$ 50,62 o baril
Os contratos futuros do Brent negociados em Londres cediam 1,6%, para US$ 59,42 por barril, ante US$ 59,91 nos minutos anteriores à divulgação do relatório da EIA.
Os preços do petróleo estão sob pressão desde que tocou a máxima de quatro anos em 3 de outubro aos US$ 76,90 o barril nos EUA.
Desde então, o WTI já corrigiu mais de 30%, com os traders se preocupando com o aumento da produção, a concessão de diversas autorizações para que países sigam comprando petróleo iraniano e o impacto econômico global de uma potencial guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi na embaixada do reino na Turquia, seguido pela reação fraca do governo Trump ao caso, reforçou a visão do mercado de que o país poderá ceder a um preço mais baixo do petróleo, defendido pelo presidente norte-americano.
A OPEP se reunirá em 6 de dezembro para discutir a política de produção, com a Arábia Saudita supostamente liderando uma proposta para cortar a produção em pelo menos 1 milhão de barris por dia.
Mas a Arábia Saudita disse na quarta-feira que não vai assumir a tarefa da redução por si só, de acordo com um relatório da Reuters, diminuindo as esperanças de uma medida significativa para frear as recentes quedas.