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Petróleo amplia recuo de máxima em 4 semanas; WTI cai abaixo de US$ 50

Publicado 04.04.2017, 05:07
© Reuters.  Petróleo amplia recuo de máxima em 4 semanas
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Investing.com - Preços do petróleo tinham queda no pregão europeu nesta terça-feira, ampliando uma queda da máxima de quatro semanas com a recuperação da produção de petróleo na Líbia e o contínuo crescimento da extração de xisto nos EUA exacerbando preocupações com excesso da commodity.

O contrato com vencimento em maio do petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, perdia US$ 0,26, ou 0,5%, com o barril negociado a US$ 49,98 às 5h05 (horário de Brasília). A referência norte-americana perdeu US$ 0,36 na segunda-feira.

Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em junho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 0,29 e o barril era negociado a US$ 52,83. A referência mundial caiu US$ 0,41 no dia anterior.

O petróleo estava sob pressão após a Líbia anunciar a retomada da produção no campo de Shahara, o maior do país, após interrupção de uma semana. O campo produzia cerca de 220.000 barris por dia antes do fechamento em 27 de março.

Enquanto isso, exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 11.ª semana seguida, conforme dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, divulgados na sexta-feira, o que marca o 10.º mês de recuperação na atividade de extração.

O número total, portanto, chega a 662, o maior desde setembro de 2015, reforçando receios de que a recuperação em curso na produção de xisto no país possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta mundial

A OPEP realizou um acordo em novembro do ano passado para reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia para nos primeiros seis meses de 2017. A Rússia e outros 10 produtores externos à OPEP concordaram em se juntar ao acordo com uma redução adicional de 600.000 barris por dia.

No total, eles concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia para 32,5 milhões nos seis primeiros meses do ano, mas o movimento teve pouco impacto nos estoques até o momento.

Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização se reunirá no final de abril para apresentar sua recomendação quanto ao destino do pacto. A decisão final sobre a extensão ou não do acordo para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.

Agora, investidores aguardam dados semanais dos estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados.

O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 16h30 em horário local (17h30 em horário de Brasília) nesta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia serão divulgados na quarta-feira, em meio a previsões de diminuição de 0,5 milhão de barris nos estoques de petróleo.

Os números da semana passada mostraram que a produção norte-americana ajudou a levar estoques de petróleo bruto e gasolina a elevados níveis recordes, aumentando os receios de um excesso global.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em maio caíam US$ 0,008, ou 0,5%, chegando a custar US$ 1,687 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em maio perdiam US$ 0,007 e eram negociados por US$ 1,555 o galão.

Contratos futuros de gás natural com vencimento em maio avançavam US$ 0,007 para US$ 3,135 por milhão de unidades térmicas britânicas.

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