Investing.com - Os preços do petróleo apresentaram forte queda até atingirem a mínima de três meses nesta segunda-feira, ampliando duas sessões seguidas de queda em meio a preocupações com a oferta global excedente.
A entrega do petróleo futuro de dezembro na NYMEX caiu US$ 61 centavos, ou 1,41%, para US$ 42,80/barril às 10h10, depois de atingir a mínima da sessão, em US$ 42,68, nível mais baixo desde 11 de agosto.
A entrega do petróleo Brent futuro de janeiro na ICE Futures Exchange de Londres caiu 45 centavos, ou 1,01%, para US$ 44,30/barril, depois de atingir US$ 44,14, a mínima desde 11 de agosto.
A preocupação com um excesso de oferta no mundo se intensificou depois que a Opep afirmou que sua produção de petróleo aumentou em 240.000 barris por dia (bpd) a uma máxima histórica de 33,64 milhões de barris/dia em outubro, com Nigéria, Líbia e Iraque sendo os principais propulsores da alta.
Os números impulsionaram o ceticismo com a implementação de um acordo planejado pela Opep para limitar a produção.
O grupo do petróleo chegou a um denominador comum para limitar a produção a uma faixa de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia nas tratativas realizadas na Argélia no fim setembro. No entanto, a Opep declarou que não definirá detalhes sobre cotas de produção individuais até a próxima reunião oficial de 30 de novembro, em Viena.
A possibilidade de os produtores saírem de mãos vazias da reunião de novembro se torna cada vez mais real, depois que o Iraque, o Irã, a Nigéria e a Líbia sinalizaram que podem não participar do acordo de corte de produção proposto. A postura “em cima do muro” da Rússia também corrobora com a incerteza.
No meio tempo, evidências de elevação na produção de petróleo bruto nos EUA pressionaram ainda mais os preços. De acordo com a prestadora de serviços da área petrolífera, a Baker Hughes, o número de plataformas ativas nos EUA subiu 2 para 452 na última semana, a 21ª alta das últimas 24 semanas.
Um dólar amplamente mais sólido também influenciou nas perdas, já que as commodities precificadas em dólar se tornaram mais caras a investidores que detém outras moedas com ganhos pela recuperação.