O petróleo avançou 2% nesta quarta-feira, 12, em sessão marcada pelo dólar fraco no exterior e apetite por risco renovado após a inflação ao consumidor dos Estados Unidos desacelerar em março. Investidores também acompanharam a publicação da ata da última decisão monetária do Federal Reserve (Fed), divulgada na reta final do pregão.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio avançou 2,12% (US$ 1,73), a US$ 83,26 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 2,01% (US$ 1,72), a US$ 87,33 o barril.
O "forte apetite de risco" ofereceu suporte ao mercado de petróleo nesta sessão, avalia o TD Securities, contudo, segundo a instituição, a sustentação deste movimento depende das negociações físicas impulsionarem os preços para níveis ainda mais altos.
Em relatório, o Julius Baer analisa que os impactos do corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) devem ser limitados e de curto prazo, formando "choques" momentâneos e não uma tendência em si. Na visão do banco, o mercado de petróleo está "bem balanceado e não precisa de intervenções" para atender a demanda global, considerando que a transição energética - principalmente a mudança para veículos elétricos - "visivelmente corrói" demanda ocidental pela commodity. "Vemos o preço do petróleo em um longo caminho rumo ao seu equilíbrio de mercado sustentável, que colocamos próximo a US$ 70 por barril", projeta o Julius Baer.
No radar, os estoques de petróleo nos Estados Unidos subiram em 597 mil barris na semana encerrada em 07 de abril, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano. O número contraria a previsão de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que previam queda de 600 mil barris.
Investidores também acompanharam a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, que revela que os dirigentes do BC americano concordaram em considerar eventos recentes em bancos nas próximas decisões de juros.