Investing.com - O petróleo avançou com força nesta segunda-feira com as apostas mais fortes em um acordo da Opep, no primeiro dia do Fórum Internacional de Energia, sediado na Argélia.
Os futuros do WTI negociados em Nova York subiram 2,6% e superaram os US$ 45,50/b. Já o Brent com contrato para dezembro é vendido a US$ 47,60, alta de 2,5%, perdendo fora após romper os US$ 48 no intraday.
Os investidores passaram a apostar numa maior chance de os países produtores de petróleo avançarem no acordo para estabilizar o mercado de petróleo, com possível corte e congelamento da produção. O ministro da Energia da Argélia, Noureddine Boutarfa, em entrevista à Bloomberg, afirmou que vários cenários estão sendo estudados, inclusive a possibilidade de redução na extração.
A semana deverá ser marcada pela volatilidade do mercado de petróleo, com os traders de olho em qualquer sinal ou fala dos principais players Arábia Saudita, Rússia e Irã em meio ao 15º Fórum Internacional de Energia, iniciado hoje. A expectativa é de que um possível avanço nas negociações seja oficialmente divulgado na quarta-feira, no encerramento do encontro.
As expectativas de que um acordo definitivo seja assinado ao fim do encontro dos países da Opep com a Rússia, contudo, são mínimas. Na sexta-feira, a Arábia Saudita já alertou que a reunião não deverá trazer uma “decisão formal”, mas há a esperança de que uma nova rodada de negociações seja agendada para as próximas semanas, antes do encontro anual do cartel em 30 de novembro.
A Arábia Saudita ofertou na semana passada cortar sua produção se o Irã aceitar congelar sua extração. A proposta foi recebida com desconfiança pelos analistas, pois o reino saudita tem elevado sua produção nos últimos meses e uma redução traria para os seus níveis históricos, enquanto seu rival regional teria que encerrar sua elevação de produção abaixo de sua meta.
Nos últimos meses, o país persa tem acrescentado fortes volumes de petróleo no mercado com o fim das sanções ocidentais impostas por seu programa nuclear. A expectativa do Irã é retornar ao patamar de 4 milhões de barris/dia, frente a uma produção atual de 3,6 milhões de barris/dia. No início do ano, o país extraia cerca de 2,77 milhões de barris/dia, pressionado pelas sanções.