Investing.com - O petróleo bateu novamente seu recorde de preços em 2016 em mais um dia positivo para a commodity no mercado internacional. O Brent superou os US$ 51,50 com ganhos diário de 2% frente ao fechamento de ontem e se situa em patamar equivalente ao de outubro do ano passado, antes do fracasso da reunião da Opep, que confirmou a retirada dos limites de produção.
Nos Estados Unidos, o petróleo WTI sobe 1,6% vendido a US$ 50,50.
A commodity ganhou força com a desvalorização do dólar após a fala de ontem da presidente do Fed, Janet Yellen. A partir do discurso de Yellen, os analistas reduziram as apostas em uma elevação na taxa de juros na reunião marcada para a próxima semana.
As apostas em um aperto da política monetária dos EUA vinham ganhando força com os discursos dos diretores e com os dados que mostravam aquecimento da economia. O banho de água fria veio com a divulgação da geração de empregos em maio, de 38 mil novas vagas, muito inferior aos 164 mil postos previstos.
A subida do preço do barril nas últimas semanas estava baseada nas interrupções de fornecimento, especialmente, Canadá e Nigéria, o que contribuiu para o maior equilíbrio entre oferta e demanda. No primeiro, o incêndio florestal de grandes proporções paralisou parte da produção da província de produção nas areias betuminosas de Alberta. Já na Nigéria, disputas internas provocaram a sabotagem de oleodutos, o que impede o escoamento do petróleo.
Os investidores operam de olho nos dados do setor desta semana, que podem dar novas pistas sobre o segundo semestre. Até sexta-feira, serão divulgados dados de produção e estoque de petróleo e derivado nos EUA e a contagem de sondas ativas no país.
O receio dos traders é que com o aumento das últimas semanas na cotação da commodity, os produtores no shale norte-americano retomem a operação e voltem a desequilibrar o mercado com maior oferta.
Na semana passada, a contagem de sondas ativas aumentou em nove unidades, primeira elevação em onze semanas e acendeu um sinal amarelo para os investidores.