Por Shadia Nasralla
LONDRES (Reuters) - O contrato futuro do petróleo Brent avançava nesta sexta-feira, mas caminhava para uma perda semanal, com os investidores preocupados com a desaceleração econômica global, embora os cortes de oferta liderados pela Opep e as sanções dos EUA contra a Venezuela fornecessem algum apoio.
O petróleo Brent subia 0,16 dólar, ou 0,26 por cento, a 61,79 dólares por barril, às 9:24 (horário de Brasília).
O petróleo dos Estados Unidos caía 0,2 dólar, ou 0,38 por cento, a 52,44 dólares por barril.
As preocupações sobre a possibilidade de a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China continuar sem solução e prejudicando as perspectivas econômicas globais pesavam sobre os mercados financeiros.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira que não planeja se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, antes do prazo de 1 de março determinado pelos dois países para alcançarem um acordo comercial.
Além disso, a Comissão Europeia reduziu acentuadamente suas previsões para o crescimento econômico da zona do euro devido às tensões comerciais globais e a uma série de desafios internos.
O dólar mais forte também pesava sobre os preços do petróleo nesta semana.
"Parece que o risco macro ainda prevalece sobre os fundamentos construtivos da oferta no mercado de petróleo", disse Harry Tchilinguirian, diretor global de estratégia de mercados de commodities do BNP Paribas (PA:BNPP), ao Reuters Global Oil Forum.
Os cortes liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo forneciam um pouco de apoio. A Arábia Saudita, líder da Opep, reduziu sua produção em janeiro em cerca de 400 mil barris por dia (bpd) para 10,24 milhões de bpd, disseram fontes da Opep.