Investing.com – Os futuros de petróleo bruto estavam sob pressão nesta terça-feira, em meio a sinais de progresso nas discussões entre os diplomatas ocidentais e do Irã sobre coibir o disputado programa nuclear de Teerã em troca da suspensão das sanções internacionais.
As negociações entre o Irã e as potências ocidentais que estão ocorrendo na Suíça foram intensificadas em meio a esperanças de que um acordo sobre o programa nuclear de Teerã antes do prazo de terça-feira seja alcançado.
Qualquer sinal de um acordo entre o Irã e as potências mundiais poderia resultar em uma enxurrada de petróleo iraniano retornando a um mercado já com excesso de oferta.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em maio caiu US$ 1,25, ou 2,22%, sendo negociado a US$ 55,04 por barril, durante as negociações norte-americanas da manhã, após ter atingido uma baixa da sessão de US$ 54,78, o nível mais fraco desde 25 de março.
Na segunda-feira, os futuros de Brent caíram 12 centavos, ou 0,21%, para US$ 56,29. Os preços do Brent negociados em Londres estão no caminho certo para marcar uma queda de quase 12% neste mês.
Os preços do petróleo apresentaram forte queda nos últimos meses, uma vez que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo resistiram aos apelos para reduzir a produção, ao passo que os EUA continuam produzindo em um ritmo mais rápido em mais de três décadas, criando um excesso de oferta mundial.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em maio atingiu uma baixa diária de US$ 47,32 por barril, antes de ser negociado a US$ 47,81, caindo 88 centavos, ou 1,8%. Um dia antes, os futuros de petróleo Nymex caíram 19 centavos, ou 0,39%, para US$ 48,68.
Os contratos futuros de petróleo negociados em Nova York caíram aproximadamente 8% em março, uma vez que o abastecimento interno em níveis recordes pesou sobre o sentimento.
As reservas totais de petróleo bruto dos EUA ficaram em 466,7 milhões de barris na semana passada, evidenciando preocupações com um excesso de oferta.
Os participantes do mercado estavam aguardando novos dados semanais sobre os estoques norte-americanos de produtos brutos e refinados para medir a força da demanda no maior consumidor de petróleo do mundo.
O Instituto Americano de Petróleo (API) divulgará seu relatório de reservas no final do dia, ao passo que o relatório de quarta-feira do governo pode revelar que as reservas de petróleo bruto subiram 4,2 milhões de barris na semana encerrada em 27 de março.
Enquanto isso, o spread entre os contratos de petróleo Brent e WTI ficou em US$ 7,23 por barril, em comparação com US$ 7,61 no fechamento das negociações de segunda-feira.
Em outros lugares, o índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,3% para 98,61, no início do dia. O índice está no caminho certo para marcar um ganho de 3% neste mês.
O dólar foi impulsionado por perspectivas divergentes para a política monetária nos EUA em comparação com outras grandes economias, como a Europa e o Japão.
Na sexta-feira, os investidores estavam aguardando um relatório sobre emprego nos EUA na sexta-feira, para mais indicações sobre a trajetória futura da política monetária.
Um relatório forte sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA pode somar-se às expectativas relacionadas a quando o Banco Central dos EUA (Fed) começará a elevar a taxa de juros, ao passo que um relatório fraco pode pesar sobre o dólar questionando o argumento de uma alta antecipada na taxa de juros.