Investing.com - Os futuros do petróleo caíram para as mínimas em três meses com o avanço da atividade exploratória nos EUA. Os investidores renovaram suas dúvidas em relação à persistente sobreoferta de petróleo, que poderá demorar mais tempo para ser reduzida com uma possível recuperação da produção no país.
Nesta segunda-feira (25/7), o petróleo na bolsa de Nova York caiu 2,5% e é negociado a US$ 43/barril, patamar que não atingia desde o início de maio. O Brent caiu 2% e é vendido a US$ 45,10, em Londres.
No levantamento semanal realizado pela Baker Hughes, o número de sondas de perfuração em atividade nos EUA se elevou a 371. É o quarto relatório seguido que apresenta alta no indicador.
Apesar do número de sondas ainda estar em um patamar baixo comparada às mais de 1.600 unidades ativas em meados de 2014, a recuperação pode indicar uma tendência de aumento nas atividades exploratórias no pais.
O receio é que o patamar atual de petróleo, no intervalo de US$ 45-US$ 50 seja suficiente para reverter a tendência de queda na produção norte-americana. A queda da cotação do barril desde 2014 e que atingiu a mínima de US$ 26/b desestimulou o investimento no desenvolvimento de novos ativos, o que fez com que a extração caísse mais de 1 milhão de barris/dia no último ano.
Além de uma possível recuperação na produção, preocupam os investidores o enorme estoque montado nos EUA no último ano. A tancagem de petróleo está em níveis recordes para essa época do ano e tem caído mais lentamente do que o projetado pelos analistas.