Investing.com - Os preços do petróleo fecharam em terreno negativo após a Agência Internacional de Energia (AIE) apontar que o rápido crescimento da produção dos EUA poderá se estender além de 2018.
Na bolsa de Nova York, os contrato futuro do WTI para entrega em março perdeu US$ 0,63, ou 1,4%, para encerrar a sessão a US$ 62,91 o barril, enquanto o Brent, em Londres, desvalorizou US$ 0,77, para ser vendido a US$ 66,52 o barril no fechamento.
“O crescimento do shale nos EUA é muito forte, o ritmo é muito forte... Os Estados Unidos deverão se tornar o maior produtor global em breve”, disse o diretor da AIE, Fatih Birol, para a Reuters.
Os comentários renovaram os receios dos investidores de que o aumento de produção dos EUA poderá ofuscar o pacto dos grandes exportadores e da Opep de reduzir a sobreoferta global. Ontem, o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, reafirmou o compromisso do país em reequilibrar o mercado.
O cartel e grandes exportadores, entre eles a Rússia, concordaram em novembro passado em estender até o final deste ano o pacto para retirar do mercado 1,8 milhão de barris/dia de petróleo, em vigor desde janeiro de 2017.
Também pesou sobre o sentimento do investidor a previsão de aumento nos estoques de petróleo nos EUA. Os números oficiais serão divulgados amanhã e o mercado aposta em um aumento de 2,1 milhões de barris.
Hoje, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) publica seus números extraoficiais de estoques de petróleo.
A alta do dólar no mercado internacional ajudou a pressionar as commodities, em um movimento natural dos investidores de reequilibrar as cotações frente a um dólar mais valorizado. A moeda norte-americana avançou com a visão mais positiva do presidente do Fed, Jerome Powell, para a economia dos EUA, o que deverá acelerar o aumento de juros do país.