Investing.com - A cotação do petróleo permanecia próxima a seu nível mais forte desde o final de 2014 nesta sexta-feira em meio ao otimismo de que os cortes na produção conduzidos pela Opep irão continuar a retirar o excesso de oferta dos mercados.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate ganhavam US$ 0,19, ou cerca de 0,3%, a partir de seu último fechamento e o barril era negociado a US$ 66,33 às 06h35. A referência norte-americana atingiu US$ 66,66 na quinta-feira, seu melhor nível desde 4 de dezembro de 2014.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuava US$ 0,11, ou cerca de 0,2%, para US$ 70,04 o barril. Na quinta-feira, o contrato tocou US$ 70,78, nível não visto desde dezembro de 2014.
Na semana passada, o petróleo bruto WTI teve ganhos em torno de 4,4% ao passo que o Brent subiu cerca de 2,8%, a quinta semana de alta em um período de seis semanas.
A cotação do petróleo subiu cerca de 60% a partir de cerca de US$ 43 o barril em junho, favorecida por esforços de cortes conduzidos pela produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia. Em dezembro, os produtores concordaram em estender os atuais cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam elevar a produção nas próximas semanas uma vez que eles buscam tirar proveito dos preços mais altos, possivelmente afetando os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
O número de sondas de exploração de petróleo em atividade teve aumento de 12 e totalizou 759 na semana encerrada em 19 de janeiro, conforme mostraram dados da Baker Hughes da General Electric (NYSE:GE) em seu relatório divulgado na última sexta-feira. Esse foi o maior aumento em uma semana na contagem de sondas desde março.
A produção doméstica dos EUA teve recuperação de quase 17% desde seu nível mínimo mais recente em meados de 2016 e o aumento na atividade de extração significa que a produção deverá crescer ainda mais, já que os produtores estão atraídos pelos preços que estão subindo.
A produção de petróleo dos EUA subiu para 9,87 milhões de barris por dia na semana passada, de acordo com dados do governo divulgados durante a semana, o maior nível desde o início da década de 1970 que está também próximo ao nível da Rússia e da Arábia Saudita, principais produtores.
Nesta semana, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina permaneciam estáveis em US$ 1,925 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento recuava 0,4% para US$ 2,119 o galão.
Contratos futuros de gás natural recuavam US$ 0,079, ou 2,5%, para US$ 3,095 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que modelos de previsão do tempo indicam clima mais ameno na próxima semana.
A commodity subiu cerca de 10% na semana passada enquanto investidores reagiam a uma rajada de clima frio que elevou a demanda pelo combustível de aquecimento.