Investing.com - Os contratos de petróleo desabaram mais de 3,5% nesta quarta-feira (31/8) após a agência de energia dos EUA divulgar um aumento acima do projetado nos estoques do país.
O WTI fechou abaixo dos US$ 45 em Nova York, estabelecendo novas mínimas de quase três semanas. Na comparação com o início do mês, contudo, houve valorização de mais de 7% após a commodity ser negociada abaixo dos US$ 40. Já o Brent, perdeu a casa dos US$ 47/b e é vendido a US$ 46,90 em Londres.
Os EUA divulgaram no início da tarde a elevação em 2,276 milhões de barris do estoque norte-americano, que fechou a semana passada em 525,9 milhões de barris, recorde histórico para esta época do ano. A expectativa média do mercado era de aumento de apenas 921 mil barris.
Os estoques de gasolina caíram menos que o previsto pressionando ainda mais as cotações do petróleo. A tancagem do combustível caiu 691 mil barris na semana passada contra previsão de redução de 1,157 milhão de barris.
O petróleo vem em trajetória de queda com a pressão dos fundamentos que ainda apontam para a manutenção da sobreoferta da commodity no mercado global.
Nos últimos meses, os estoques dos EUA vêm se mantendo acima das previsões dos analistas, enquanto a produção do país cai em um ritmo menor do que o projetado. Na semana passada, houve retração de 60 mil barris na extração.
Apesar da tendência de queda da produção, os dados semanais de sondas de exploração de petróleo subiram por oito semanas consecutivas antes de estabilizar na semana passada. A inversão do sinal de retração do mercado norte-americano indica uma maior produção futura o que pressiona ainda mais a cotação do petróleo no mercado sobreofertado.
Nas últimas duas semanas, o petróleo iniciou um rali, que elevou as cotações do Brent acima dos US$ 50 com a perspectiva de um acordo entre os países da Opep para controlar a produção. A retomada da expectativa por uma ação coordenada ocorreu após a indicação da Arábia Saudita de que a discussão seria posta na reunião informal do cartel em setembro na Argélia.
Apesar da indicação de apoio de países como Irã e Rússia, analistas não acreditam em um acordo.