Investing.com - O petróleo despenca 4% no pregão desta quinta-feira e retorna ao patamar de US$ 46 o barril nos Estados Unidos e de US$ 47 o barril do Brent, vendido em Londres.
Os investidores estão cada vez mais pessimistas em relação aos ativos de risco como as commodities com as incertezas em relação à economia global com a possível saída do Reino Unido da União Europeia.
O Brexit que tem pesado sobre os mercados acionários nas últimas semanas ganhou um contorno trágico hoje com o assassinato da deputada britânica Jo Cox, que suspendeu as campanhas para o referendo marcado para a próxima quinta-feira (23/6).
O atual preço do petróleo está nos patamares mais baixos desde o início de maio, mês que o petróleo retornou aos US$ 50. A sequência de quedas da commodity já ultrapassa uma semana.
O mercado ficou mais pessimista com o discurso de Janet Yellen após a decisão do Fed em manter os juros e passou a apostar em menos elevação das taxas neste ano. O que, em tese, significaria seria positivo para o petróleo, pois o dólar permaneceria fraco por mais tempo, passou a ser interpretado como negativo, pois há uma menor certeza do Fed de que a economia dos EUA seguirá forte.
Nas últimas duas semanas, o número de sondas em atividade nos EUA subiu, interrompendo baixas de 11 semanas consecutivas. O mercado busca entender se essa é uma tendência e a produção norte-americana pode se elevar no segundo semestre ou se foram casos isolados.
Muitos analistas acreditam que o retorno do petróleo à casa dos US$ 50 pode estimular a volta dos produtores no shale dos EUA, aumentando a sobreoferta no mercado mundial. A produção do país segue em declínio e na semana passada retraiu 29 mil b/d fechando a 8,716 milhões de barris/dia.