Investing.com - Os contratos futuros do petróleo foram negociados abaixo dos US$ 40 o barril em Nova York pela primeira vez desde abril com o aumento do receio de sobreoferta da commodity. O WTI fechou o dia com queda de 237% vendido a US$ 46,06/barril, enquanto o Brent é caiu 3,2% a US$ 42,10.
Os investidores estão mais pessimistas em relação ao petróloe com as seguidas indicações de uma persistência mais longa da sobreoferta. Na sexta-feira, a contagem de sondas em atividade nos EUA cresceu pela quinta semana consecutiva, atingindo 374 unidades ativas.
Apesar do número ainda estar baixo na comparação com as mais de 1.600 sondas contratadas no último trimestre de 2014, a mudança de tendência na redução do número de sondas preocupa o mercado. A leitura é que os produtores dos EUA podem estar retomando as atividades produtoras, o que levará a um aumento – ou redução no ritmo de queda – da extração do país no médio prazo.
Pressiona também as cotações o gigantesco estoque de petróleo montado pelos EUA nos úlitmos anos. O montante é recorde para essa época do ano e a queda dos estoques tem ocorrido em ritmo muito mais lento do que o previsto. Na semana passada, o volume armazenado cresceu, contrariando as projeções.
Além do grande estoque de petróleo, o de gasolina também preocupa os analistas. A redução do volume armazenado de gasolina também ocorre em ritmo mais lento do que o previsto pelo mercado.
Na semana passada, a divulgação do crescimento de apenas 1,2% no PIB dos EUA, contra os 2,5% previstos, trouxe sentimentos mistos ao mercado. Se por um lado a demanda por mais combustível pode ser prejudicada, o dado fraco reduz a possibilidade de aumento nos juros do país, um movimento que valoriza o dólar frente aos demais ativos negociados na moeda, como o petróleo.
Opep
A produção dos países membros da Opep deverá atingir 33,4 milhões de barris em julho o patamar recorde da história recente, segundo pesquisa da Reuters. A maior produção veio do Iraque e da recuperação de vendas da Nigéria.