Investing.com – Preços do petróleo estavam em baixa nesta segunda-feira, já que o aumento contínuo da produção nos EUA gera preocupações de que grandes produtores de petróleo seriam incapazes de atingir uma diminuição no excesso global de abastecimento apesar do acordo de corte na produção.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de petróleo bruto nos EUA com vencimento em maio caíam 0,26% para US$ 53,04 às 9h37 (horário de Brasília), ao passo que o petróleo Brent com vencimento em junho na Bolsa Intercontinental de Londres recuava 0,16% para US$ 55,80.
Na última quinta-feira (antes do período de feriado de Páscoa), dados da Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços a campos petrolíferos, revelaram que o número de sondas de extração ativas nos EUA aumentou em 11 para um total de 683. Foi a décima terceira semana consecutiva de aumento, que levou ao maior número em quase dois anos.
Investidores têm se preocupado com o fato de que o aumento na produção norte-americana possa atrapalhar as tentativas de grandes produtores de petróleo reduzirem suas produções.
Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, mais uma vez insistiu na segunda-feira que há um consenso dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para estabilizar o mercado de petróleo e que produtores farão o que for necessário para atingir este objetivo.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo durante o primeiro semestre de 2017.
A maior parte dos produtores de petróleo apoia a extensão dos cortes na produção de países da OPEP e externos à organização. O Irã também apoiaria o movimento, conforme afirmou na semana passada Bijan Zanganeh, ministro do petróleo do país.
Entretanto, al-Falih também afirmou nesta segunda-feira que é muito cedo para discutir se a extensão do pacto de corte da produção para além de junho é necessária.
Ministros de energia da OPEP sugeriram que a decisão deve ser tomada em sua reunião oficial em Viena no dia 25 de maio.