Investing.com - Os preços do petróleo recuaram no pregão europeu desta terça-feira, em direção a baixas de seis semanas, uma vez que preocupações com um excesso de oferta aumentaram após a Venezuela ter dito que os estoques mundiais devem cair 10% para equilibrar a produção com os níveis de consumo.
O abastecimento mundial de petróleo de 94 milhões de barris por dia precisa cair em quase um décimo para corresponder ao consumo, de acordo com o ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio Del Pino, na segunda-feira.
Enquanto isso, na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em novembro recuaram 25 centavos, ou 0,55%, sendo negociados a US$ 45,70 por barril, às 04h35 ET (08h35 GMT), não muito longe da baixa de seis semanas de US$ 45,31.
Na segunda-feira, os futuros do Brent negociados em Londres foram negociados em alta após o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter dito que os países da OPEP e não OPEP estavam "perto" de chegar a um acordo para estabilizar os mercados de petróleo. Mas os preços ficaram bem fora das altas em meio ao ceticismo quanto à possibilidade de um acordo.
Os membros da OPEP, liderados pela Arábia Saudita e outros grandes exportadores do Oriente Médio, participarão de uma reunião com os produtores não OPEP, liderados pela Rússia, nas negociações informais na Argélia, entre 26 e 28 de setembro.
De acordo com especialistas do mercado, as chances de que a reunião renderia qualquer ação para reduzir o excesso mundial pareceram mínimas. Em vez disso, a maioria acredita que os produtores de petróleo continuarão monitorando o mercado e, possivelmente, adiarão as negociações para o congelamento até a reunião oficial da OPEP em Viena, em 30 de novembro.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em novembro caiu 27 centavos, ou 0,62%, e foi negociado a US$ 43,59 por barril. O contrato foi negociado em uma baixa de seis semanas de US$ 43,35 na sexta-feira em meio a sinais de uma recuperação contínua da atividade de perfuração dos Estados Unidos.
A prestadora de serviços petrolíferos, Baker Hughes, informou na sexta-feira que o número de plataformas de perfuração de petróleo nos EUA aumentou em 2 na semana passada, para 416, marcando a 11ª alta em 12 semanas.
Os participantes do mercado mudaram seu foco para os dados semanais dos EUA sobre os estoques de produtos brutos e refinados.
O American Petroleum Institute, um grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 16h30 ET (20h30 GMT) nesta terça-feira. Os dados oficiais da Energy Information Administration serão divulgados na quarta-feira.
O mercado também está aguardando o resultado das reuniões de política do Banco Central dos EUA (Fed) e do Banco do Japão na quarta-feira para novas dicas sobre o comércio.