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Petróleo estável após dados de PMI da China, ganhos ficam limitados

Publicado 03.12.2012, 06:44
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo ficaram pouco alterados, perto do maior nível em duas semanas, durante as negociações europeias desta segunda-feira, uma vez que o sentimento permaneceu levemente apoiado após a divulgação de dados manufatureiros chineses otimistas.

Os ganhos ficaram limitados em meio a incertezas quanto a se os legisladores norte-americanos conseguirão evitar o “penhasco fiscal”, isto é, US$ 600 bilhões em aumentos de impostos e cortes de gastos que serão automaticamente ativados em 1º de janeiro a menos que os democratas e republicanos cheguem a um acordo sobre como reduzir o déficit.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve doce para entrega em janeiro foram negociados a US$ 88,99 o barril durante as negociações europeias da manhã, avançando 0,1% no dia.

Os preços do petróleo negociado em Nova York foram negociados em uma faixa entre US$ 88,80, a baixa diária, e US$ 89,30 por barril, uma alta da sessão e o nível mais forte desde 19 de novembro.

O sentimento do mercado encontrou apoio após um relatório do HSBC, divulgado mais cedo, ter confirmado que a atividade manufatureira na China cresceu no mês passado pela primeira vez em mais de um ano.

A versão final do índice HSBC de gerentes de compra (PMI) da China subiu para 50,5 em novembro, de uma leitura final de 49,5 em outubro.

Os dados apareceram após um relatório da Federação Chinesa de Logística e Aquisição, divulgado no fim de semana, ter mostrado que a atividade manufatureira melhorou para 50.6 em novembro, uma alta de sete meses, acima dos 0,4 pontos de outubro.

Os dados otimistas somaram-se aos sinais da recuperação de crescimento no segundo maior consumidor mundial de petróleo.

A fraqueza no dólar norte-americano também contribuiu para a força do petróleo. O euro atingiu uma alta de seis semanas em relação ao dólar norte-americano, ao passo que o índice do dólar caiu 0,3%, para 79,97, o nível mais fraco desde 1 de novembro.

Os preços do petróleo normalmente enfraquecem quando a moeda dos EUA fica forte, porque as commodities vendidas em dólar ficam mais caras para os detentores de outras moedas.

Mas os ganhos ficaram limitados porque os investidores permaneceram preocupados com o iminente “penhasco fiscal” nos EUA, isto é, aproximadamente US$ 600 bilhões em aumento de impostos e redução de gastos que devem entrar em vigor em 1º de janeiro a menos que o Congresso e a Casa Branca consigam chegar a um compromisso nas quatro semanas que restam antes do prazo final.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, assustou os investidores na sexta-feira após dizer que havia um impasse entre os republicanos e o governo Obama.

Ele adicionou que a proposta do presidente Obama de US$ 1,6 trilhões em novas receitas fiscais e menos que US$ 400 bilhões em cortes de gastos não era "séria”.

Há temores de que os legisladores norte-americanos repetirão a mesma divisão política que fez a Standard & Poor’s rebaixar a classificação AAA do país em agosto de 2011 e empurrar o país novamente para uma recessão.

Os EUA são o maior consumidor mundial de petróleo, responsáveis por quase 22% da demanda global de petróleo.

Na zona do euro, os ministros das finanças da zona do euro devem se reunir em Bruxelas na tarde de hoje para discutir os termos do novo acordo de auxílio à Grécia, bem como os detalhes de um resgate de € 10 bilhões ao Chipre.

Na sexta-feira, os legisladores alemães aprovaram o último pacote de auxílio à Grécia por uma maioria, abrindo o caminho para o país receber € 44 bilhões em empréstimos.

Na ICE Futures Exchange, os futuros de petróleo Brent para entrega em janeiro avançaram 0,5%, para US$ 111,28 o barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficando em US$ 22,29 o barril.

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