Investing.com - Preços do petróleo estavam praticamente inalterados nesta quinta-feira, já que preocupações com a produção crescente nos EUA neutralizaram a sustentação aos preços oferecida pelos dados mostrando a primeira redução semanal nos estoques norte-americanos em um mês.
O petróleo Brent, referência mundial, recuava US$ 0,01, ou 0,02%, para US$ 55,85 o barril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres.
O petróleo dos EUA era negociado a US$ 53,06 o barril às 6h06 (horário de Brasília), queda de US$ 0,04 ou 0,06%.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou nesta quarta-feira que os estoques de petróleo bruto no país tiveram redução de quase 2,2 milhões de barris na semana passada, após subirem em cada uma das semanas anteriores.
A retirada dos estoques foi bem acima dos que analistas esperavam e maior do que a redução de 1,3 milhão de barris que foi relatada nesta terça-feira pelo Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero.
O relatório da EIA também mostrou que, na semana passada, a produção de petróleo nos EUA teve aumento de 36.000 barris por dia e chegou a um total de 9,235 milhões de barris por dia. Em sua perspectiva de curto prazo, a EIA afirma esperar registrar produção recorde de petróleo nos EUA em 2018.
A recuperação na produção norte-americana de petróleo acontece no momento em que grandes produtores consideram estender o acordo de cortes na produção com o intuito de reduzir o abastecimento global e reequilibrar o mercado.
Os preços subiam na semana passada após relatos de que a Arábia Saudita teria dito à membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que deseja estender o acordo do cartel de corte na produção de petróleo bruto por outros seis meses quando o grupo se reunir em maio.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo durante o primeiro semestre de 2017.
Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização se reunirá no final de abril para apresentar sua recomendação quanto ao destino do pacto. A decisão final sobre a extensão ou não do acordo para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Em relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, a OPEP afirmou que sua produção continuou a cair em março, mas o cartel elevou em 200.000 barris por dia a sua projeção de crescimento no abastecimento dos EUA em 2017.