Indústria do Brasil sofre maior contração em quase dois anos e meio em setembro, mostra PMI
Investing.com – Os preços do petróleo subiam na manhã desta quarta-feira, estendendo os ganhos do pregão na Ásia, sustentados pelo adiamento do acordo que permitiria a retomada das exportações da região do Curdistão iraquiano e por uma queda acima do previsto nos estoques dos Estados Unidos. O cenário de tensões geopolíticas envolvendo a Rússia também contribuiu para a alta.
Às 7h30 de Brasília, o barril do Brent para novembro avançava 1,04%, para US$ 68,33 por barril, enquanto o barril do Texas (WTI) subia na mesma magnitude, a US$ 64,07 por barril.
Na sessão anterior, ambos os contratos acumularam ganhos superiores a 1,5%, ou pouco mais de US$ 1. O acordo que permitiria o escoamento de cerca de 230 mil barris por dia do Curdistão via Turquia foi novamente postergado, após produtores se recusarem a retomar embarques sem garantias de liquidação de dívidas em aberto.
Esse impasse reduziu os temores de sobreoferta no curto prazo, dando sustentação às cotações após uma sequência de sessões marcadas por volatilidade.
Estoques de petróleo dos EUA recuam, aponta API
Indicadores setoriais reforçaram o movimento. O American Petroleum Institute (API) informou na terça-feira que os estoques de petróleo dos EUA caíram 3,82 milhões de barris na semana encerrada em 19 de setembro. A projeção do mercado era de retração ligeiramente menor, de 3,4 milhões de barris.
Os estoques de gasolina também registraram queda, enquanto os de destilados tiveram leve alta. Os números sugerem demanda resiliente e um quadro de oferta mais apertado no curto prazo no maior mercado consumidor do mundo.
Persistem, contudo, preocupações sobre excesso de oferta em horizonte mais amplo. A Agência Internacional de Energia prevê que a produção global crescerá em ritmo acelerado ainda neste ano e que o excedente poderá se ampliar em 2026, com aumento da oferta por parte da Opep+ e de produtores independentes.
Riscos de fornecimento ligados à Rússia
As tensões geopolíticas também reforçaram a percepção de risco sobre o abastecimento. Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que países da Otan deveriam derrubar aeronaves russas que violassem o espaço aéreo da aliança e acrescentou acreditar que a Ucrânia poderá retomar todo o território ocupado por Moscou.
As declarações representaram uma inflexão no tom da Casa Branca e foram interpretadas como um fator que pode elevar a probabilidade de novas sanções às exportações energéticas russas, restringindo a oferta mundial.
Paralelamente, a Bloomberg informou que autoridades russas avaliam limitar as exportações de diesel por determinadas empresas, após sucessivos ataques de drones ucranianos a instalações de energia.